Resumo da semana: 2 frentes frias na noite de terça-feira e entrada de ar frio na quarta
Novembro inicia-se com um misto meteorológico, marcado por alguns períodos de sol, precipitação especialmente entre terça e quarta-feira e entrada de ar frio na quarta. As temperaturas vão descer significativamente a partir da noite de quarta-feira.
A subida temporária do anticiclone em latitude afastará a chuva de Portugal continental esta segunda-feira, proporcionando céu pouco nublado ou limpo de Norte a Sul durante a manhã. A partir da tarde, prevê-se aumento de nebulosidade e possibilidade de chuva fraca no litoral Norte a partir da noite. 🌤️☁️🌧️
A noite de domingo para segunda vai sofrer uma descida da temperatura, prevendo-se valores mínimos na ordem dos 3ºC em Bragança e no ponto mais alto da Serra da Estrela, 5ºC em Braga e Viseu, 6ºC em Évora, Leiria, Vila Real e Guarda, 7ºC em Santarém e Viana do Castelo, 8ºC em Beja, Setúbal, Coimbra, Portalegre e Castelo Branco, 9ºC em Lisboa, Aveiro e Porto, e 11ºC em Faro.
A partir de terça-feira a nebulosidade voltará a predominar, ou seja, o tempo cinzento e húmido vai regressar. Espera-se possibilidade para períodos de chuva no litoral Norte e subida acentuada das temperaturas, especialmente da mínima.
A partir da noite, a chegada de duas frentes frias deverá intensificar e tornar mais frequente a precipitação no litoral Norte, estendendo-se gradualmente ao longo da madrugada ao restante território continental. Entre a madrugada de terça e a manhã de quarta-feira, são esperados períodos de chuva forte e possibilidade de trovoada em grande parte do país, atingindo o Algarve durante a manhã, embora com passagem mais rápida nessa região.
Massa de ar frio a partir da noite de quarta-feira
Após a passagem deste sistema, será de esperar a chegada de uma massa de ar frio vinda da Gronelândia. As temperaturas deverão descer da forma mais significativa deste outono até ao momento.
Uma massa de ar polar marítima forma-se sobre o Atlântico Norte, geralmente nas imediações da Gronelândia e Islândia, onde predominam condições de baixa temperatura e alta pressão à superfície. O ar que se origina nessa região é muito frio e seco, uma vez que provém das camadas inferiores da troposfera sobre superfícies geladas ou muito frias.
Quando essa massa de ar começa a deslocar-se para latitudes mais baixas, move-se sobre o oceano Atlântico, cujas águas são consideravelmente mais quentes do que o ar sobrejacente. Este contraste térmico provoca uma transferência de calor e humidade do oceano para as camadas inferiores da atmosfera. Assim, a massa de ar, inicialmente fria e seca, torna-se mais húmida e instável, adquirindo as características típicas de uma massa de ar polar marítima.
Durante o trajeto para sul, o ar mantém a sua baixa temperatura em altitude, mas ganha humidade nas camadas inferiores, o que favorece a formação de nuvens cumuliformes e aguaceiros, especialmente quando interage com relevos ou com zonas de convergência.
Quando alcança a Península Ibérica, esta massa de ar origina uma descida acentuada das temperaturas, sobretudo noturnas, e uma atmosfera instável, com aguaceiros localizados, vento moderado a forte e, em altitude. O fenómeno está associado a uma circulação meridional, resultante da descida do jato polar e do posicionamento do anticiclone dos Açores mais a oeste, permitindo a penetração direta do ar frio de origem polar sobre o continente europeu.
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