Aguaceiros no sábado e nova depressão atmosférica a partir de domingo
O tempo instável regressa este fim de semana, com ocorrência de aguaceiros no sábado e a chegada de uma nova depressão atmosférica no domingo.

Ao longo do dia de sábado, estão previstos períodos de céu nublado, com abertas, e possibilidade de ocorrência de aguaceiros em qualquer parte do território continental, com maior incidência na região Centro, Área Metropolitana de Lisboa e Litoral Alentejo entre o final da tarde e a noite. A neve poderá cair no Norte e Centro, geralmente acima dos 1200 metros de altitude.
Prevê-se uma nova descida da temperatura mínima, para valores até -2ºC em Bragança, -1ºC na Guarda e em Vila Real, 0ºC em Castelo Branco, Viseu e Braga, 1ºC em Viana do Castelo, 2ºC em Évora, 3ºC no Porto e em Portalegre, 4ºC em Beja, 5ºC em Setúbal, Leiria e Santarém, 6ºC em Faro, Aveiro e Coimbra e 7ºC em Lisboa.

Leia o comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera relativamente à depressão atmosférica Laurence nos Açores:
A depressão LAURENCE, com um sistema frontal associado, nomeada hoje dia 14 de março pela Delegação Regional dos Açores do IPMA, encontrava-se a aproximadamente 1000 km a oeste (W) da ilha das Flores. Tendo em conta o seu deslocamento para leste, deverá no dia 15 (sábado) às 18UTC localizar-se a cerca de 90 km a norte (N) da Graciosa (39°N 28°W) com uma pressão no seu centro de 999 hPa, altura em que se encontrará mais próxima do Arquipélago.
Desta forma, prevê-se que a depressão LAURENCE provoque um aumento significativo da intensidade do vento e da agitação marítima em todo o Arquipélago. As rajadas, de noroeste (NW), deverão rondar os 110 km/h no Grupo Ocidental, os 120 km/h no Grupo Central e os 100 km/h no Grupo Oriental. As ondas, também de noroeste (NW), poderão atingir os 9 metros de altura significativa nos Grupos Central e Oriental (com altura máxima até aos 18 metros) e os 8 metros no Grupo Ocidental (com altura máxima até aos 15 metros).
Os efeitos da depressão LAURENCE deverão começar a sentir-se a partir da tarde de amanhã, 15 de março.

A partir de domingo, espera-se a chegada de uma nova depressão atmosférica que deverá provocar um novo período de precipitação. A chuva começará por cair no Centro e Sul a partir da tarde, progredindo ao longo da noite para a região Norte. Prevê-se uma ligeira subida das temperaturas.
Sobre depressões atmosféricas
A depressão atmosférica é um sistema meteorológico caracterizado por uma área de baixa pressão ao nível do mar, resultante do aquecimento diferencial da superfície terrestre e da dinâmica da circulação atmosférica. Este fenómeno ocorre quando o ar quente ascende, criando uma zona de pressão inferior em relação às áreas circundantes. O processo inicia-se frequentemente devido ao contraste térmico entre massas de ar, à interação de frentes atmosféricas ou à influência da rotação terrestre, que desempenha um papel fundamental na formação e evolução destas estruturas ciclónicas.
Quando o ar quente sobe, expande-se e arrefece adiabaticamente, promovendo a condensação do vapor de água presente na atmosfera. Esse processo liberta calor latente, intensificando a convecção e favorecendo o desenvolvimento de nuvens, geralmente do tipo cúmulos e cumulonimbus, que estão associadas a precipitação intensa, trovoadas e ventos fortes. A rotação da Terra, através do efeito de Coriolis, induz um movimento espiralado do ar em torno do centro de baixa pressão, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio no Hemisfério Norte e no sentido horário no Hemisfério Sul.
A intensidade e a duração de uma depressão atmosférica dependem de vários fatores, como a disponibilidade de umidade, o gradiente térmico e a interação com outros sistemas meteorológicos. Em muitos casos, estas depressões podem originar tempestades severas, especialmente quando se deslocam sobre massas de água quentes, potenciando a formação de ciclones extratropicais ou até mesmo sistemas tropicais em determinadas condições.
À medida que a depressão evolui, pode ser reforçada por mecanismos como a divergência em altitude associada a jatos subtropicais e polares, que intensificam a ascensão do ar e aprofundam a baixa pressão. No entanto, a entrada de ar frio na retaguarda da depressão pode estabilizar o sistema, levando à sua dissipação progressiva.
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