Estado do tempo vai voltar a piorar dentro de 30 horas
Nova depressão vai trazer chuva forte e trovoada de norte a sul – Algarve vai ser uma das regiões mais afectadas ☔
Tudo começa amanhã à noite: A noite de quinta para sexta promete fazer chegar uma nova depressão atmosférica, com um cavamento mínimo de 985hPa no oceano atlântico.
Prevê-se a chegada da primeira superfície frontal associada ao longo da madrugada de quinta para sexta, com precipitação por vezes forte e trovoada a iniciar no Algarve, Litoral Alentejano e Área Metropolitana de Lisboa – que engloba Lisboa e Setúbal.

A frente de precipitação deslocar-se-á para o Norte e Centro ao longo do dia de sexta feira, mantendo-se a ocorrência de aguaceiros fortes e trovoada no restante território.
Na noite de sexta para sábado, aguarda-se um novo agravamento com o movimento lento de uma frente oclusa e a consequente queda de precipitação forte e trovoada frequente.

O vento voltará a aumentar de intensidade, podendo atingir rajadas acima dos 90km/h especialmente nas terras altas e regiões montanhosas de norte a sul.
O que são frentes oclusas?
Uma frente oclusa ocorre quando uma frente fria, que se move mais rapidamente, alcança uma frente quente. Este processo resulta num sistema atmosférico onde o ar frio de ambas as frentes se eleva, forçando o ar quente a subir. A razão pela qual as frentes frias se deslocam mais rapidamente é devido à sua maior densidade, que permite uma maior aceleração no seu movimento. Quando a frente fria se encontra com a frente quente, o ar quente mais leve é empurrado para cima, formando a oclusão. Este processo é associado a sistemas de baixa pressão, o que causa habitualmente condições meteorológicas adversas.

Ao longo deste processo de oclusão, a elevação do ar quente pode causar a formação de nuvens de desenvolvimento. Dependendo da quantidade de humidade presente na atmosfera e da intensidade do sistema, a chuva associada às frentes oclusas pode variar de ligeira a intensa. Em muitos casos, a precipitação é contínua e de longa duração, já que a convergência de massas de ar cria um ambiente favorável à formação de nuvens. Nos sistemas mais intensos, a chuva pode ser torrencial, o que aumenta o risco de inundações em áreas vulneráveis.
Além da precipitação, as frentes oclusas podem também trazer trovoadas. A elevação rápida do ar quente cria instabilidade na atmosfera, o que pode resultar na formação de nuvens cumulonimbus, as principais responsáveis pelas trovoadas. Estas nuvens, que se estendem verticalmente a grandes altitudes, podem originar fortes trovoada e queda de granizo pontual. A combinação de ar frio a altitudes superiores e ar quente a ser forçado a subir cria o ambiente ideal para que a eletricidade atmosférica (CAPE) se acumule, gerando as descargas elétricas características das trovoadas.
Outro elemento a considerar nas frentes oclusas são as rajadas de vento. À medida que o sistema frontal se intensifica, a diferença de pressão entre as massas de ar quente e frio gera ventos fortes. Estes ventos podem ser ainda mais intensos em zonas de maior gradiente de pressão, onde a transição entre ar quente e frio é mais abrupta. As rajadas de vento associadas às frentes oclusas podem atingir velocidades significativas, causando danos em estruturas, derrubando árvores e afetando a circulação rodoviária e aérea. As regiões costeiras e montanhosas são especialmente suscetíveis a ventos fortes durante a passagem de frentes oclusas, devido à interação do terreno com o sistema atmosférico.
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