Temperaturas vão descer a partir desta sexta feira
Temperaturas descem de forma acentuada esta sexta feira 🍁
Devido à intrusão de uma massa de ar frio, espera-se uma descida acentuada das temperaturas ao longo dos próximos dias de Norte a Sul de Portugal Continental.
Para esta sexta feira, está prevista uma temperatura máxima (a temperatura mais elevada do dia) na ordem dos 11ºC na Guarda, 12ºC em Viseu, 13ºC em Bragança e Vila Real, 14ºC em Viana do Castelo, 15ºC no Porto e em Coimbra, 16ºC em Castelo Branco, Portalegre, Leiria e Braga, 17ºC em Aveiro, 18ºC em Santarém, Lisboa, Faro, Évora e Beja, e 20ºC em Setúbal.

Espera-se uma redução significativa da humidade relativa do ar, com alguma nebulosidade e ainda boas abertas sobretudo no Centro e Sul. Possibilidade para a ocorrência de aguaceiros, especialmente no Norte e Centro, podendo ser de granizo.
O vento deverá soprar geralmente fraco a moderado com rajadas, aumentando a sensação de frio durante a noite.
Em resumo: Descida acentuada das temperaturas, com alguma nebulosidade em especial no Norte e Centro, e ocorrência de aguaceiros. Muito sol no Centro e Sul, com algumas nuvens e aguaceiros pontuais. Vento moderado, com aumento de sensação de frio para a noite.
É normal uma massa de ar frio ter pouca humidade no ar?
As massas de ar frio que afectam Portugal em outubro têm frequentemente origem nas latitudes mais altas, nomeadamente nas regiões polares ou árticas. Essas massas de ar deslocam-se em direção ao sul, sendo transportadas por sistemas de pressão, como as altas pressões polares ou a circulação atmosférica geral. À medida que se deslocam para o sul, essas massas de ar podem manter-se relativamente secas, dependendo da sua trajetória e das condições que encontram pelo caminho.

Existem dois fatores principais que determinam se uma massa de ar frio será húmida ou seca: a sua origem geográfica e o percurso que segue. Massas de ar frio que se formam sobre os continentes, como as oriundas da Rússia ou do interior da Europa, tendem a ser secas. Isto deve-se ao facto de essas massas não adquirirem humidade suficiente durante a sua formação ou deslocamento, já que viajam sobre grandes áreas de terra, onde a evaporação de água é limitada.
Por outro lado, massas de ar frio que se formam sobre o oceano ou que se deslocam sobre grandes superfícies de água, como o Atlântico Norte, podem absorver humidade suficiente para originar precipitação. No entanto, em outubro, é comum que Portugal seja mais afetado por massas de ar frio de origem continental do que marítima, especialmente se houver um bloqueio atmosférico, como uma alta pressão a oeste da Península Ibérica, que impede a entrada de sistemas vindos do Atlântico.
Embora o Atlântico seja uma grande fonte de humidade, nem todas as massas de ar que se deslocam a partir dele trazem chuva abundante. A compreensão desse fenómeno passa por considerar vários fatores meteorológicos, tais como a dinâmica atmosférica em torno dessas massas de ar, a interação com a superfície oceânica e as condições locais que podem influenciar a humidade e a precipitação.
Mesmo que uma massa de ar fria venha do Atlântico, se ela estiver sob a influência de uma alta pressão (anticiclone), essa pressão pode ter um efeito significativo na sua humidade. Sob um anticiclone, o ar tende a descer (subsidência), o que leva ao aquecimento adiabático. Este aquecimento faz com que a humidade do ar diminua à medida que o ar frio se aquece durante a descida. Este processo inibe a formação de nuvens e precipitação.

Quando uma massa de ar frio se desloca do Atlântico para a Península Ibérica, a sua temperatura relativamente baixa pode, paradoxalmente, dificultar a ocorrência de chuvas intensas. Isto deve-se ao facto de o ar frio ser menos capaz de reter grandes quantidades de humidade comparado com massas de ar quente. Embora possa transportar alguma humidade, a capacidade de saturação do ar frio é limitada. A formação de nuvens e a ocorrência de precipitação dependem de uma ascensão contínua do ar e da sua capacidade de atingir níveis de condensação, mas em situações de estabilidade atmosférica, como as criadas por sistemas de alta pressão, isso raramente acontece.
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