Possibilidade de aguaceiros pontuais nos próximos dias
Os próximos dias serão pautados por períodos de céu nublado de Norte a Sul, com possibilidade para a ocorrência de aguaceiros pontuais e dispersos. A presença de poeiras continuará a deixar os céus com tons mais amarelados do que o comum.
A anomalia da temperatura máxima continuará acima da média do que é habitual para esta altura do ano, prevendo-se valores até 22ºC a 23ºC no Sul do país.
No domingo, a temperatura máxima deverá atingir os 21ºC em Braga, Coimbra, Aveiro e Setúbal, 20ºC em Viana do Castelo, Leiria, Santarém, Faro, Beja, Évora e no Porto, 19ºC em Lisboa, 18ºC em Portalegre, 17ºC em Vila Real, Viseu e Castelo Branco, 15ºC em Bragança, e 13ºC na Guarda.
Prevê-se continuação de condições favoráveis à formação de nevoeiro noturno.
As perspectivas mostram temperaturas acima da média, pelo menos, até dia 07 de dezembro
Não há, para já, um sinal claro para mudanças significativas no estado do tempo, no entanto, é provável o surgimento de massas de ar frio e alguma precipitação a partir do fim de semana de 07 e 08 de dezembro.
A chegada de uma massa de ar frio polar em Portugal resulta frequentemente de dinâmicas atmosféricas relacionadas com a interação entre sistemas de altas e baixas pressões. Uma configuração comum é o estabelecimento de um anticiclone no Atlântico Norte, que pode estender-se ou deslocar-se para latitudes mais altas, bloqueando a circulação habitual de oeste e permitindo que massas de ar frio sejam canalizadas para o sul.
Quando o anticiclone se posiciona a norte da Península Ibérica, frequentemente na região das Ilhas Britânicas ou da Escandinávia, cria-se uma espécie de “barreira” ao fluxo habitual de ar marítimo mais ameno. Este bloqueio atmosférico força a entrada de ar polar continental ou ártico, que pode ser transportado para Portugal através de correntes vindas do interior da Europa ou mesmo da Rússia. Estas massas de ar são extremamente secas e frias, especialmente na sua origem, mas podem adquirir alguma humidade ao atravessarem o Golfo da Biscaia, potenciando episódios de neve em regiões de maior altitude.
Outra possibilidade ocorre quando o anticiclone atlântico se eleva em latitude, mas simultaneamente surgem depressões ou sistemas de baixa pressão a leste, no interior da Península Ibérica ou do Mediterrâneo. Estas depressões, ao girarem no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, ajudam a atrair o ar frio do norte ou nordeste para o sul. Este cenário é particularmente eficaz em trazer uma descida abrupta das temperaturas, pois as depressões podem reforçar a advecção de ar polar. Além disso, se a depressão tiver humidade suficiente, pode gerar precipitação que, sob as temperaturas muito reduzidas trazidas pelo ar polar, se transforma em neve, mesmo a altitudes menores.
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