Subida das temperaturas a partir desta sexta feira

Um fluxo húmido vindo de Oeste vai provocar uma subida das temperaturas ao longo dos próximos dias

Prevê-se uma subida gradual das temperaturas ao longo dos próximos dias, tanto das mínimas como das máximas. Um fluxo húmido de Oeste tem na sua constituição uma massa de ar menos fria, e fará com que as temperaturas subam gradualmente ao longo deste final de semana.

Massas de ar são grandes volumes de ar que apresentam características homogéneas de temperatura e humidade. As massas de ar húmidas e amenas que afectam Portugal em janeiro são frequentemente de origem atlântica. Estas massas são transportadas por sistemas de baixa pressão associados à corrente de jato polar, que intensifica a passagem de superfícies frontais.

Em janeiro, os sistemas frontais atlânticos deslocam-se geralmente de oeste para leste, atravessando Portugal. Estes sistemas trazem ar marítimo temperado e saturado de humidade. A presença destas massas de ar é frequente em situações de circulação zonal, quando os ventos predominantes são de sudoeste ou oeste.

Já esta sexta feira, a temperatura máxima deverá atingir até 17ºC em Faro, em Setúbal, em Leiria, e em Aveiro, 16ºC em Beja, em Setúbal, em Santarém, e em Braga, 15ºC em Évora, em Coimbra, em Viana do Castelo, e no Porto, 12ºC em Portalegre, Vila Real, e em Castelo Branco, 11ºC em Viseu, 9ºC em Bragança, e 8ºC na Guarda.

Mais nuvens e possibilidade de aguaceiros a Norte

Ao longo dos próximos dias, está previsto um aumento gradual de nebulosidade em Portugal Continental, com a aproximação de um conjunto de complexos depressionários.

Tudo indica que a partir de domingo a precipitação mais intensa vai regressar, com a passagem de uma frente fria de forte atividade, trazendo chuva, um aumento na intensidade do vento e uma massa de ar frio.

O que é uma frente fria? Uma frente fria é um fenómeno meteorológico caracterizado pelo avanço de uma massa de ar frio sobre uma região anteriormente ocupada por uma massa de ar mais quente. Este tipo de fronteira atmosférica ocorre quando o ar frio, que é mais denso, desloca o ar quente, forçando-o a elevar-se rapidamente. Este processo resulta numa série de fenómenos associados, incluindo alterações bruscas na temperatura, formação de nuvens e precipitação.

As frentes frias têm várias características identificáveis: temperaturas mais baixas, com uma descida acentuada devido à substituição do ar quente pelo ar frio em poucas horas ou minutos. As nuvens típicas associadas incluem cumulonimbus, responsáveis por chuvas fortes e trovoadas, e, antes da frente, nuvens altas como cirros e cirrostratos. A precipitação intensa ocorre pela rápida condensação da humidade do ar quente, resultando em chuva, granizo ou neve. Além disso, há mudanças no vento, que pode ficar mais forte e alterar a sua direção, geralmente de sudoeste para noroeste em Portugal. Finalmente, ocorre um aumento da pressão atmosférica após a passagem da frente, com a instalação da massa de ar frio mais denso.

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