Nova semana com alguma chuva e descida das temperaturas. Neve regressa às montanhas
Semana de limpeza: Poeiras despedem-se de Portugal com a entrada de uma corrente vinda de noroeste. Esta segunda feira vai ter a passagem de uma frente fria, que trará um período de precipitação, aumento na intensidade do vento e descida das temperaturas.

Para esta segunda feira, será expectável a ocorrência de aguaceiros ou períodos de chuva de Norte para Sul, sendo mais intensos e frequentes no Norte e Centro. A precipitação deverá começar a cair no Litoral Norte a partir da madrugada de domingo para segunda, progredindo ao longo da manhã para a restante região Norte e para o Centro, chegando à Área Metropolitana de Lisboa a meio do dia, e ao Algarve, já menos intensa, durante a tarde.
O vento aumentará de intensidade, especialmente no período entre a manhã de segunda e a noite de terça feira.

Frente fria vem com…uma massa de ar frio!
Após a passagem desta frente fria, espera-se a entrada de uma massa de ar frio vinda da Gronelândia. Prevê-se, por isso, uma descida generalizada das temperaturas e queda de neve no Norte e Centro geralmente acima dos 1000 metros de atitude.
Em Portugal, o mês de abril marca a transição entre o inverno e a primavera, sendo caracterizado por uma grande variabilidade meteorológica. Uma das situações que pode ocorrer nesta altura do ano é a chegada de massas de ar frio após a passagem de uma frente fria, o que pode provocar uma descida acentuada da temperatura, vento forte, formação de geada e queda de neve em regiões de maior altitude.
Uma frente fria é a zona de transição entre uma massa de ar frio e uma massa de ar quente. Quando a frente fria avança, o ar frio, mais denso, empurra o ar quente para cima, dando origem à formação de nuvens de desenvolvimento vertical (como os cúmulos e cumulonimbos), que podem originar precipitação intensa, aguaceiros e trovoadas.
Após a passagem da frente, a massa de ar frio instala-se na região, provocando uma descida das temperaturas e, por vezes, uma atmosfera mais estável, com céu limpo e noites frias — sobretudo se o anticiclone se reposicionar sobre a Península Ibérica.
As massas de ar frio formam-se normalmente em regiões de elevada latitude — como o Ártico, a Escandinávia, a Rússia ou o Canadá — onde o solo ou o mar frio arrefece as camadas inferiores da atmosfera. O ar em contacto com estas superfícies frias vai perdendo calor, tornando-se mais denso e pesado.
Com as circulações atmosféricas globais, estas massas podem ser “empurradas” para latitudes médias, como a Península Ibérica. Quando chegam a Portugal, principalmente no outono, inverno e início da primavera, causam quedas bruscas de temperatura e alterações nas condições do tempo.
Ao longo da semana
O regime de aguaceiros com abertas predominará ao longo da semana, com as noites a arrefecerem novamente.

Terça será o dia mais frio da semana, e um dos mais frios do mês, com a temperatura máxima a subir apenas aos 6ºC na Guarda, 12ºC no Porto, 14ºC em Lisboa e 17ºC em Faro. A sensação* de frio será aumentada com o vento forte.
*A sensação térmica é a forma como o nosso corpo percebe a temperatura ambiente, e nem sempre corresponde ao valor que vemos no termómetro. No inverno, essa diferença torna-se especialmente notória por causa do vento, que é o principal fator que altera a sensação térmica em dias frios.
Quando o vento sopra com alguma intensidade, ele remove o calor da superfície da pele mais rapidamente do que em condições de ar parado. Esse fenómeno faz com que o corpo perca calor mais depressa, levando-nos a sentir mais frio do que aquele que está realmente no ar. Por exemplo, se a temperatura real for de 5 °C, mas estiver um vento forte, o corpo pode sentir como se estivessem 0 °C ou até menos. É isto que chamamos de sensação térmica negativa, e é por isso que em previsões meteorológicas, especialmente no inverno, este valor é muitas vezes indicado a par da temperatura real.
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