Nova semana geralmente nublada e com períodos de chuva
A deslocação do anticiclone para o norte da Europa ditará a chegada de depressões atmosféricas vindas de norte ou oeste. Os centros de baixa pressão que surgem neste contexto apresentam dimensões reduzidas e com pouca profundidade, frequentemente com uma pressão mínima central acima de 1012 hPa ou ligeiramente inferior. Além disso, seguem trajetórias irregulares e têm um ciclo de vida curto.

Na segunda-feira, 10 de fevereiro, a depressão posicionada sobre o oceano Atlântico, aproximar-se-á gradualmente da costa ocidental de Portugal continental. Como consequência, uma primeira frente, bastante fragmentada, atingirá principalmente a Região Norte, com ocorrência de aguaceiros ou períodos de chuva, podendo provocar aguaceiros fracos e dispersos em outras regiões do país.
Na terça feira, é esperada a chegada de um centro de baixa pressão atmosférica, atingindo inicialmente todo o litoral entre Leiria e o Algarve, movendo-se gradualmente para o restante território continental. A precipitação deverá atingir o litoral entre Leiria e o Algarve a partir da madrugada de segunda para terça feira, com possibilidade de trovoada. Esta instabilidade atmosférica passará, gradualmente, para as restantes regiões do país ao longo do dia de terça feira. Perspetiva-se queda de neve, mas apenas nos pontos mais altos da Serra da Estrela – acima dos 1700 metros de altitude.

Esta depressão transportará uma massa de ar mais amena de origem tropical marítima para o país, gerando temperaturas geralmente acima da média. Esse ar temperado, húmido e instável persistirá sobre Portugal continental na quarta-feira, dia 12, havendo previsão de períodos de céu nublado, abertas, e possibilidade de aguaceiros especialmente no Norte e Centro do país.
Depressões atmosféricas – Um fenómeno complexo
Uma depressão atmosférica é uma área de baixa pressão onde o ar quente e húmido ascende na atmosfera, promovendo a formação de nebulosidade e precipitação. Este fenómeno meteorológico é comum em diversas regiões do planeta e tem um papel fundamental na dinâmica do clima, pois está frequentemente associado a variações no estado do tempo, desde períodos de chuva moderada até sistemas mais organizados que afetam vastas áreas.
As depressões distinguem-se por apresentarem um centro de baixa pressão em relação às zonas envolventes. À medida que o ar ascende nessa região, arrefece e condensa, originando a formação de nuvens e, muitas vezes, precipitação. Consoante a intensidade e a estrutura da depressão, os seus efeitos podem variar entre aguaceiros fracos e dispersos ou períodos prolongados de instabilidade atmosférica.
Outro aspeto importante das depressões é a circulação do vento. No Hemisfério Norte, os ventos deslocam-se no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio em torno do centro da depressão, enquanto no Hemisfério Sul seguem o sentido horário. Este movimento deve-se à força de Coriolis, provocada pela rotação da Terra. A intensidade dos ventos está diretamente relacionada com o gradiente de pressão — ou seja, quanto maior for a diferença entre a pressão central da depressão e as áreas circundantes, mais fortes serão os ventos associados ao sistema.
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